Abril 03 2010

Hístorias que não se contam a ninguém....

Ontem , Sexta-feira Santa vim trabalhar... satisfeito por ter um trabalho, acabei de chegar ...
Assim que cheguei disseram-me que estava dispensado.
Por ser feriado não era suposto ter ido trabalhar.
"ninguem me avisou previamente"
Por um lado fiquei contente.
Fui almoçar a casa dos meus pais com o meu filho.
Sendo eu nativo de caranguejo,   família é a coisa mais importante do mundo.
Estive com os meus sobrinhos, foi óptimo. 
O meu pai um orgulho de homem que venceu um cancro e está com optimo aspecto.
Depoi fui para casa, para MINHA casa, parece um sonho, hehehe... a minha casa...:)
O que é tão banal para tantos, para mim após a minha separação foi tão dificil...e como foi.
Não tenho quase nada lá, mas, é o meu espaço.
Tenho lá tudo aquilo que é necessario para eu viver e viver feliz.
Todos os meses ponho algo novo.
Apanho muita coisa do lixo que remodelo.
Faço coisa giras, depois hei-de pôr algumas fotos aqui.
Fiz umas pipocas e fui ver um filme...
aquelas que se compram no "Dia" e se fazem em casa. 
Este filme era daqueles digno de cair umas lagrimas a ve-lo.
Com o actor Will Smith (se é que se escreve o nome do homem assim)  chama-se "Busca da Felicidade" e fez-me pensar um pouco em tudo aquilo o que ja vivi.
Algumas cenas  , fizeram-me recordar os meus dias.
Fala de uma crise financeira que na altura se vivia nos USA.
Fala de outros varios asares da vida que este passava no seu dia a dia.
Ele  as cinco da tarde teria que estar neste lugar onde dormia.
Um lugar horrivel.
Com más condições, mas... o unico disponivel... que não era do Estado que disponibilizava aos sem-abrigo mas sim uma ONG subsidiada pelo esforço de quem ama o proximo que dáva a oportunidades de algumas dezenas poderem lá pernoitar.
Era caricato a forma e a luta que este tinha travar para estar neste local sombrio antes da hora e isto, para se colocar na fila, tudo para poder ter um lugar para dormir.
Um filme digno de ver.
Uma realidade que cada vez mais, também, no nosso Portugal se vive.
Eram muitas as vezes que este devido ao imenso fluxo de pessoas sem-abrigo não conseguia arranjar abrigo para ele e no caso também para o filho que viveu com ele este pesadelo.
Ambos tinham que dormir numa casa de banho de uma estação do metro.
As suas lagrimas corriam e seu coração  rasgava-se de tremor e temor do que vivia.
E eu, eu recordava o que vivi.
Acompanhava com este filme o que outrora não a muito tempo também testei, vivi, morri e renasci.
Podia para mim ser só mais um filme.
Um drama.
Mostra coisas da vida .
Sabendo que no filme dizia que falava de uma historia real  outrora para mim foi mais que real.
Sensibilizava-me mas na verdade era só isso.
Hoje tudo tem um efeito muito maior e por momentos deixo de olhar para este ecrãn e fito o meu passado/presente que foi já aqui ao lado e que tatuagem deixou ele marcada em mim...
Recordo-me o chegar as 18h e ir para aquela fila uma fila numa rua fria e suja.
A imagem são pessoas de casacos compridos e caras palidas, cabelos sujos e rostos marcados pela rua pelo dissabor da amargura do alcool e da droga dos traumas não superados de uma vida de uso e abusos, historias que não se contam a ninguém.
E o actor desta historia real fui eu, eu mesmo.
Um actor no palco da minha vida.
Depois de ver este filme mandei uma mensagem ao meu filho, e disse:
 filho, sei que ja te desanpontei diversas vezes,  já prometi que iriramos ter uma casa com um quarto só teu e o pai neste ultimos dois anos não tem conseguido manter essa promessa mas esta casa a renda é muito menor e o trabalho do pai é um pouco mais estável por isso mesmo temendo vou manter o que temos pois com a ajuda de Deus e nosso esforço se calhar até poderemos ser felizes, e o pai vai tentar nunca mais ter que voltar para aquele sitio escuro e sombrio que tu me viste.
publicado por dicas&criticas às 15:09

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